A laserterapia já existe como tratamento na Fonoaudiologia e em outras áreas há algum tempo. No entanto, muitos profissionais ainda têm dúvidas e receio de adotá-lo em seus consultórios. Isso acontece porque ainda existem muitos mitos envolvendo o laser de baixa potência.
Para sanar as suas dúvidas e acabar de vez com o medo de adotar a laserterapia nos seus tratamentos foi que escrevi este artigo. Nele, vou responder a algumas perguntas sobre a laserterapia. Não deixe de conferir e aprender mais sobre esse assunto!
O Conselho Federal aprova o laser de baixa potência?
Apesar de ainda não ter sido publicado um parecer oficial do Conselho Federal de Fonoaudiologia acerca da laserterapia, o órgão já se mostrou favorável à sua regulamentação e o documento já se encontra em fase final de aprovação. Além disso, vários membros já fizeram o curso sobre o laser de baixa potência e estão usando na prática clínica.
São necessários muitos anos de estudo ou especialização?
De acordo com o parecer do Conselho de Fonoaudiologia, que citei acima, a carga horária de 20 horas é a suficiente para habilitar o profissional para esse tipo de tratamento.
Assim, após a formação no curso, o fonoaudiólogo que se sentir preparado já está apto para utilizar a laserterapia em seu consultório. Entretanto, é importante ressaltar que a formação de qualquer área deve ser contínua, já que inovações estão sempre surgindo. Por essa razão, é essencial que o profissional continue buscando conhecimento e preparo.
O seu uso oferece riscos à saúde do profissional ou do paciente?
De acordo com as classes de risco definidas pela ANVISA, o laser de baixa potência se enquadra na Classe III. Isso significa que, se adotados os procedimentos corretos indicados por esse órgão, o seu uso não oferece perigos à saúde do profissional. Passa esses equipamentos, a medida de proteção é o uso do óculos por terapeutas, pacientes e acompanhantes.
O laser causa câncer?
Para desmistificar essa afirmação, vou explicar um pouco sobre a diferença entre radiação ionizante e radiação não ionizante.
A radiação ionizante tem grande quantidade de energia, capaz de alterar estruturas celulares complexas, como o DNA. As mais conhecidas e utilizadas são os raios X e os raios gama. A radiação não ionizante, por sua vez, não possui energia suficiente para provocar esse efeito e, consequentemente, não altera estruturas complexas, influenciando apenas em alguns fenômenos bioquímicos do organismo.
Diante dessa explicação, o laser é classificado como radiação não ionizante, por não ser capaz de alterações complexas. E, exatamente por isso, ele também não causa câncer, porque não é capaz de alterar o DNA das células.
O laser provoca queimaduras na pele?
Aqui, é interessante reforçar a distinção entre laser de baixa potência e laser de alta potência, ambos usados na área da saúde. Os de alta potência, como já falei aqui no blog, são utilizados na medicina e odontologia para fins estéticos e cirúrgicos, sendo capazes de queimar e cortar tecidos.
O laser de baixa potência, por sua vez, tem o chamado efeito biopositivo sobre o organismo. Ele apenas estimula os tecidos do corpo humano a retomar o seu funcionamento normal. É por esse motivo que ele é adotado para acelerar processos de cicatrização, por exemplo.
O equipamento é muito caro e de difícil instalação?
Há várias opções de modelos de laser disponíveis no mercado hoje em dia. E os preços também podem variar muito, desde R$ 1.500,00 até R$ 4.500,00, ou mais. O valor vai variar de acordo com as configurações do aparelho, como potência, comprimentos de onda, manuseio e portabilidade. Nos cursos que ministro, durante a prática os alunos têm a possibilidade de utilizar os modelos Therapy EC, da marca DMC e o Laser Duo, da marca MMO. Não tenho nenhum vínculo comercial com essas marcas e nenhum conflito de interesse, mas são os modelos que julgo mais práticos de serem transportados!
